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quarta-feira, 6 de julho de 2011


Por GLOBOESPORTE.COMFrankfurt, Alemanha
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Um balão e um chute de primeira. Bastou o tradicional toque da qualidade verde e amarelo para definir uma partida que estava amarrada e com cara de zero a zero a favor do Brasil, nesta terceira rodada da fase de classificação doMundial Feminino de Futebol. Aos quatro minutos da etapa final, Erika marcou um golaço (assista no vídeo ao lado) e abriu o placar. Aí tudo ficou mais fácil. Cristiane ampliou pouco depois, fez mais um nos acréscimos, e a Seleção Canarinho garantiu mais três pontos e assegurou a liderança do Grupo D do Mundial, batendo"a irmã" Guiné Equatorial por 3 a 0.
Dessa vez, a equipe de Guiné não protagonizou nenhum lance bizarro, mas a mesma Bruna, que vinha se destacando como marcadora implacável de Marta, cometeu um pênalti no último minuto. Curiosamente, ela foi a mesma que colocou a mão na bola dentro da área no jogo contra a Austrália. A árbitra, dessa vez, acertou, assinalou a penalidade máxima e selou o resultado final, com cobrança perfeita de Cristiane.
Com 100% de aproveitamento e nove pontos conquistados nesta fase - a equipe derrotou Noruega, e Austrália, além da própria Guiné -, as brasileiras asseguram o primeiro lugar da chave. O adversário das quartas de final sai do confronto entre Suécia e Estados Unidos, que se enfrentam às 15h45. Quem perder enfrenta o Brasil no próximo domingo, às 12h30 (de Brasília) em Dresden. No outro jogo do Grupo D, a Austrália bateu a Noruega por 2 a 1 e também garantiu vaga na próxima fase, para pegar o vencedor de Suécia x EUA.
erika brasil x guiné equatorial (Foto: Agência Reuters)Erika vibra com Marta após o golaço marcado no início do segundo tempo (Foto: Agência Reuters)
Início amarrado e sem grandes chances
Os primeiros 45 minutos da partida desta quarta-feira não foram nem um pouco empolgantes. O Brasil não conseguiu empolgar, apesar de ter sido melhor, e quando teve as chances de marcar, não colocou a bola na rede. O Brasil chutou a gol seis vezes, contra duas da adversária, mas quem quase abriu o placar primeiro foi a equipe de Guiné Equatorial, comandada por Añonmam, que aos 20 minutos chutou forte com perigo para o gol de Andreia.
Seis minutos depois, Marta cobrou dois escanteios consecutivos direto para o gol, de maneira bem fechada, e quase surpreendeu a arqueira Miriam. Aos 30, Añonmam se inspirou na brasileira e também tentou um gol olímpico, mas a bola foi para fora. A grande chance de gol da primeira etapa foi brasuca. Aos 39, Cristiane fez o drible, cruzou da esquerda, mas ninguém conseguiu empurrar a bola para o gol e o placar não se alterou.
Talento individual faz a diferença
Mas a exemplo da partida de estreia, o Brasil começou o segundo tempo bem melhor do que o primeiro e logo matou o jogo. Aos quatro minutos, Erika marcou um golaço e mudou a história do confronto. Ela aproveitou sobra da zaga de Guiné, deu um lindo lençol na zagueira e chutou de primeira, sem chances para Miriam: 1 a 0. Ainda no embalo da comemoração, o Brasil ampliou.
cristiane brasil x guiné equatorial (Foto: Agência Reuters)Com acrobacia, Cristiane festeja seu primeiro gol
no Mundial(Foto: Agência Reuters)
Aos oito, Cristiane, enfim, desencantou no Mundial Feminino. A camisa número 11 recebeu ótimo cruzamento de Marta da ponta esquerda e apenas escorou, dentro da pequena área, na saída da arqueira adversária. A partir daí, a partida ficou tranquila. O técnico Kleiton Lima passou até a mexer na equipe, testar outras opções e as brasileiras só administraram o resultado.
Guiné Equatorial até tentou chegar ao ataque, mais na base da vontade do que do talento, mas não conseguiu furar o bloqueio brasuca. Quem marcou de novo foi o Brasil, já nos acréscimos, aos 47. De pênalti, cometido por Bruna, a mesma que pegou a bola com a mão no jogo contra a Austrália, Cristiane fez o seu segundo no jogo e fechou o placar em 3 a 0.
Um bom sinal para o Brasil, já que a partida foi a primeira da Seleção no palco da decisão da Copa do Mundo. Resta torcer para que as brasileiras voltem a Frankfurt no próximo dia 17 de julho e repitam o sucesso para conquistar o título inédito.
BRASIL 3 X 0 GUINÉ EQUATORIAL
Andreia, Aline, Renata, Erika e Fabiana (Thais);  Formiga (Beatriz), Ester, Rosana (Francielle) e Maurine; Cristiane e MartaMiriam, Dulcia, Carolina, Laetitia e Bruna (Jumaria); Ana Cristina (Sinforosa) e Dorine;  Añoman, Vania e Diala
Técnico: Kleiton LimaTécnico: Marcello Frigueiro
Gols: Erika aos 4' e Cristiane aos 8' e aos 47' do segundo tempo
Cartões amarelos: Franciele e Renata Costa (BRA); Diala e Dulcia (GUI)
Data: 05/07/2011. Local:
rodadas

Por GLOBOESPORTE.COM
Gdansk, Polônia
A reação foi espetacular. Após dois sets apáticos, o Brasil pôs os reservas em quadra e acordou para, no tie-break, bater Cuba com parciais de 18/25, 21/25, 25/16, 30/28 e 15/12 (assista aos melhores momentos no vídeo ao lado). Com destaque para Lucão, que se redimiu de uma falha feia para se tornar o maior pontuador da partida, ao lado de Leon, com 20 pontos, a seleção somou dois pontos e ocupa a segunda colocação do Grupo F da Liga Mundial, atrás apenas da Rússia, com três.
- Fiz algumas opções erradas para esta partida e tivemos que tentar corrigir ao longo do jogo. A equipe não rendeu o que esperávamos no começo e a postura não foi boa. Depois tivemos bons momentos, lutamos e mostramos empenho para reverter. Essa atuação deve gerar uma reflexão, pois nossas próximas partidas serão contra os Estados Unidos e Rússia, duas equipes mais experientes que a cubana e talvez não tenhamos chance de buscar o resultado como foi desta vez - disse Bernardinho.
vôlei murilo brasil cuba (Foto: divulgação / FIVB)Murilo encara o bloqueio desmontado: Cuba foi melhor que o Brasil no fundamento (Foto: divulgação / FIVB)
Nesta quinta-feira, às 8h30m, o Brasil volta à quadra contra os Estados Unidos. Os americanos, precisam da vitória para seguirem vivos na competição já que, nesta quarta,perderam de virada para a Rússia por 3 sets a 1, parciais de 29/31, 25/16, 25/21 e 25/22.

Brasil para no bloqueio cubanoNesta quarta-feira, a escalação brasileira teve duas novidades. A primeira, prevista, foi o retorno de Leandro Vissotto à equipe, recuperado de um edema na coxa sofrido no primeiro jogo em Tulsa, contra os Estados Unidos. Marlon, que entrou bem contra a Polônia nos últimos confrontos da fase de grupos, foi a surpresa.
vôlei leon cuba  brasil (Foto: divulgação / FIVB)
Leon foi um dos principais nomes de Cuba nos
dois primeiros sets (Foto: divulgação / FIVB)
Em quadra, Cuba começou a partida na frente, quebrando o passe brasileiro ao forçar o saque em Dante. Com Bell, melhor atacante da fase classificatória de acordo com as estatísticas da FIVB, e Leon se alternando nas pontas, os adversários abriram quatro pontos de vantagem (14/10), e Bernardinho pediu tempo.
Logo em seguida, o treinador promoveu a inversão, chamando Bruninho e Théo para reforçar o bloqueio. Mas quem se destacou no fundamento foi Cuba, primeiro com Camejo e depois com Mesa. Os erros da seleção se multiplicaram, e nem com a restituição do time que começou a partida o placar ficou favorável. Em uma disputa pelo alto entre Vissotto e Leon, o cubano garantiu o primeiro set com folga: 25/18.
Irregular, seleção cede mais um set
A bronca no intervalo pareceu acordar o Brasil, que logo abriu 3/1. A pequena margem, porém, logo desapareceu, e uma boa série de Murilo foi apagada por ataques frustrados de Vissotto e Lucão. Após três pontos seguidos, os rivais assumiram a ponta (13/12), e Bernardinho colocou Bruninho em quadra.
A seleção conseguiu empatar em 18/18 mas, irregular, permitiu que Cuba permanecesse na frente, com vantagem oscilando entre um e três pontos. Quando o Brasil atacava bem pelo meio, errava a mão no saque e desperdiçava a chance de encostar. Dois bloqueios seguidos sobre Leandro Vissotto deram o set para os cubanos e deixaram a seleção em situação complicada na partida: 25/21.

Reservas entram em cena e deixam a seleção viva no jogo
vôlei giba murilo theo brasil cuba (Foto: divulgação / FIVB)Resevas em quadra: Giba e Théo tem boa atuação nos sets finais (Foto: divulgação / FIVB)
No terceiro set, o Brasil voltou com uma formação completamente nova, com Sidão, Giba, Théo e Bruninho nas vagas de Rodrigão, Dante, Vissotto e Marlon. Os reservas deram novo ânimo à equipe, que contou ainda com uma série de erros cubanos. Lucão finalmente se encontrou em quadra, e Murilo deixou o Brasil na frente pela primeira vez em uma parada técnica: 8/3.
O bloqueio da seleção passou a funcionar e deteve os ataques de Hernandez. Giba e Murilo também se apresentaram com qualidade, e ampliaram a vantagem para oito pontos: 16/8. Os jovens Cepeda e Leon até ensaiaram uma reação, mas a superioridade no placar já estava construída. Murilo, em ataque na diagonal, manteve o Brasil vivo na partida: 25/16.
Em set dramático, Lucão leva o Brasil ao tie-break
A quarta parcial foi a mais disputada desde o princípio. Com os cubanos novamente ligados e os brasileiros precisando vencer, cada ponto era comemorado com muita vibração. Cuba chegou ao primeiro tempo técnico na frente e, quando abriu 13/9, fez Bernardinho pedir tempo.
A seleção conseguiu a igualdade em 15/15 no serviço de Giba, mas sofreu com Leon e Bell na sequência. Quando Cuba fez 23/20, a partida ganhou contornos dramáticos. O Brasil voltou a empatar em 24/24, mas perdeu a chance de passar a frente quando Lucão perdeu o tempo da bola (veja no vídeo). Após dois matchpoints salvos, Bruninho deu ao central a se redimir e, pelo meio, fechar a parcial em 30/28.
Sem chance de errar no tie-break, a seleção abriu 2/0 em um bloqueio de Théo.Cuba tentou encostar, mas não conseguiu parar Lucão. Pelo meio, o central se tornou homem de segurança nas bolas decisivas. Quando era marcado pelo bloqueio, Bruninho acionava Murilo e Théo. Em um ataque de Hernandez para fora, a seleção conseguiu o que parecia impossível: 15/12 na parcial e vitória de virada.